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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

As vantagens e desvantagens de conseguir root no sistema

Um leque de novas possibilidades

A grande dúvida para os usuários que ouvem falar no tal “root do Android” é entender porque conseguir isso é importante. Sabe-se que há muitos aplicativos na Google Play, que requerem o root no sistema tanto para funcionarem, como para funções extras. O fato desses aplicativos precisarem de root não tem a ver com capricho do desenvolvedor, ou para “limitar” os usuários que podem ou não usar o aplicativo.
Como dito acima, a Dalvik responsável por construir a interface de aplicativos e permitir acessos a certas funções físicas do aparelho também respeita as permissões Linux, e por questões óbvias de segurança. Basicamente, a Dalvik gerencia o que um aplicativo pode ou não fazer, dado as limitações impostas para o funcionamento do sistema.
Em suma, o aplicativo não “conversa” com o Linux, mas sim com a Dalvik que repassa o necessário ao Linux para ativar alguma função de algum hardware do aparelho. Mas os aplicativos que necessitam de root no aparelho possuem funções extendidas que não podem ser satisfeitas pela máquina Dalvik, de modo que é necessário fazer as requisições diretamente ao Linux.
Normalmente são comandos simples, como a criação de um arquivo em um diretório do sistema, ou modificação de uma configuração padrão do kernel Linux. A vantagem como um todo não é só fazer uso desses aplicativos. A vantagem está em usar toda a flexibilidade que é pertinente ao Linux, conseguindo maior controle sobre o seu dispositivo e seu comportamento. Os aplicativos só são facilitadores.
Um exemplo que posso citar é o uso de firewall. Isso mesmo, firewall! É possível ativar o filtro Iptables presente por padrão no kernel Linux para bloquear ou restringir o uso de interfaces para aplicativos. No caso do Android, e diferentemente do que ocorre no desktop, o filtro só faz sentido ao bloquear conexões de saída, quer seja WiFi, 3G ou rede de telefonia sem fio, usado por aplicativos maliciosos para envio de SMS para contas premium sem que você saiba.
Existem inúmeros aplicativos destinados a essa função na loja do Google. No entanto esses aplicativos não fazem a filtragem, eles apenas criam as regras e executam, cabendo ao próprio recurso no kernel Linux fazer a filtragem com a ferramenta que já está embutida no sistema e que usuários de Linux para desktop já conhecem bem.
Com o Android rootado ou rooteado (dos dois jeitos está certo), você pode mudar aspectos de configurações impostas pelo fabricante, como aumentar o clock do processador, atribuir um esquema diferente de gerenciamento de memória, modificar arquivos de configuração internas que alteram o comportamento do Android, fazer cópias de segurança de configurações dos aplicativos e restaurá-las posteriomente são só alguns exemplos.
Mas tudo claro, depende de certos aspectos de configuração do kernel imposto pelo fabricante. Muitos fabricantes compilam o kernel excluíndo essas características por, talvez, acharem desnecessário. A grande vantagem de se ter root, é a possibilidade de instalar ferramentas que permitam mudar o kernel por um "mais completo" que o comumente usado no Android e mais próximo ou praticamente o kernel usado em desktops.

Desvantagem é o descuido!

A desvantagem de se ter o root tem mais a ver com o usuário descuidado que pode apagar ou modificar coisas que não deve e simplesmente estragar o sistema, fazendo-o não funcionar direito ou pior, sequer ligar novamente. Outra possibilidade seriam aplicativos maliciosos instalarem rootkits ou abrir brechas propositais quando instalados e executados pelo usuário desatento, quebrando por fim qualquer segurança do sistema.
Afinal, o aplicativo está com plenos poderes, podendo fazer tudo que fora programado dentro do sistema. Por esse motivo, o Android sai de “fábrica” totalmente bloqueado, sem acesso root. Inclusive alguns fabricantes incluem cláusulas que invalidam a garantia do aparelho em caso de aplicação do processo root.



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